MAESTRIA é um livro que fala sobre o TEMPO. Tempo, paciência, trabalho e fé. Tudo o que você precisa para navegar por esta vida.
“Da mesma maneira como um dia pleno de realizações traz consigo o sono abençoado, também uma vida bem vivida culmina com a morte bem-aventurada.” Leonardo da Vinci.
MAESTRIA é o caminho que você deve percorrer para se tornar mestre em uma arte ou um ofício. Todos temos aquela luz interior que nos dá uma energia redobrada para fazer algo. Às vezes é uma arte, outras um ofício. Por vezes, conseguimos viver financeiramente de nossos sonhos, mas outras precisamos viver financeiramente e ir realizando nossos sonhos no tempo disponível.
O que diferencia “quem chega lá” e quem apenas tenta é quem suporta a dor do processo– as dúvidas a respeito de si mesmo, as horas tediosas de estudo e prática, os retrocessos inevitáveis, as manifestações incessantes de inveja. Aqueles que suportam tudo isso desenvolvem a resiliência e a confiança que faltam aos outros.
Nosso nível de desejo, paciência, persistência e confiança acaba contribuindo muito mais para o sucesso que a capacidade de raciocínio. A motivação e a energia podem superar quase tudo. A monotonia e a inconstância desconectam a mente e nos tornam cada vez mais passivos.
O artista, o artista de verdade, não cai no arquétipo da pessoa autodestrutiva que perde o controle de si mesma. Parece que para o artista qualquer coisa que lembre disciplina ou esforço está errado. Que o que importa é o sentimento por trás da obra de arte, e que qualquer indício de dedicação e empenho transgride esse princípio. Nada mais errado do que esse pensamento.
O autor considera que todos nós temos um potencial criativo e que o propósito da nossa vida é realizar nosso potencial criativo.
Se você se desvia de sua vocação interior, pode até ter algum sucesso na vida, mas acabará vítima de seu verdadeiro desejo. Seu trabalho se torna mecânico. Você passa a viver para o lazer e para prazeres imediatos. Assim, torna-se cada vez mais passivo e nunca avança além da primeira fase. Você pode ficar frustrado e deprimido, sem se dar conta de que a fonte de tudo isso é a não realização de seu potencial criativo.
Antes que seja tarde demais, é preciso encontrar o caminho para a concretização de suas inclinações, explorando as incríveis oportunidades da era em que você nasceu. Conhecendo a importância do desejo e de suas ligações emocionais com o trabalho, que são a chave da maestria, você pode, de fato, fazer com que a passividade de nosso tempo trabalhe em seu favor e sirva como motivação de duas maneiras importantes.
Primeiro, você deve encarar essa tentativa de alcançar a maestria como algo extremamente necessário e positivo.
Segundo, você deve se convencer do seguinte: as pessoas desenvolvem a mente e o cérebro que merecem por meio de suas ações na vida.
Ao liberar a mente magistral oculta em seu âmago, você estará na vanguarda dos que exploram os limites estendidos da força de vontade humana.
Use este livro como uma ferramenta para orientá-lo ao longo desse processo de transformação.
Esse processo a que o autor se refere e composto de um passo zero, digamos assim, e três outros passos. O passo zero é descobrir sua Missão de Vida, ou vocação, e os passos 1, 2 e 3 são para desbravar um caminho que o levará à realização nos mais altos níveis.
Após descoberta a sua vocação vem a primeira etapa, que é a aprendizagem, depois a segunda etapa a fase criativa-ativa e, por fim, a Maestria.
O primeiro passo para a maestria é sempre introspectivo – aprender quem você realmente é e se religar com essa força inata. O autoconhecimento o levará a descobrir seu caminho para a carreira mais adequada a você e permitirá que tudo o mais se encaixe. Nunca é tarde demais para iniciar esse processo.
Primeiro, você precisa se ligar ou religar com suas inclinações, com aquele senso de singularidade. Portanto, o primeiro passo é sempre introspectivo. Você vasculha o passado em busca de indícios daquela voz ou força interior. Silencia as outras vozes que podem confundi-lo – como as de pais e amigos. Procura um padrão subjacente, o âmago de seu caráter, que você deve compreender da forma mais profunda possível. Segundo, com o restabelecimento da conexão, você deve examinar a carreira em que já está ou que está prestes a iniciar. A escolha desse caminho – ou seu redirecionamento – é fundamental. Nesse estágio, é preciso ampliar seu conceito de trabalho. Com muita frequência, estabelecemos uma distinção entre vida profissional e vida pessoal, sendo que só nesta última encontramos prazer e realização. O trabalho geralmente é visto como um meio de ganharmos dinheiro para aproveitar a vida fora dele. Mesmo que encontremos alguma satisfação em nossa carreira profissional, ainda tendemos a compartimentar a vida dessa maneira.
E no capítulo I ele fornece cinco estratégias para você descobrir sua missão de vida, a estratégia da inclinação, a darwiniana, a da rebelião, a da adaptação e a da vida ou morte.
Depois vem a parte mais interessante do livro, os três estágios para a maestria. Aprendizagem, criativa-ativa e maestria. O legal é que esses estágios não são excludentes, não são fases que se vencem.
Toda a sua vida é uma espécie de fase de aprendizagem, na qual você aplica sua capacidade de aprender. Tudo o que acontece em sua vida é um tipo de instrução, desde que você se mantenha atento. A criatividade que se desenvolve com o aprendizado profundo de uma habilidade deve ser revigorada o tempo todo, na medida em que você força sua mente a retornar a um estado de abertura. Mesmo o conhecimento de sua vocação deve ser revisto durante a vida, conforme as mudanças nas circunstâncias o obriguem a ajustar sua direção. Ao progredir rumo à maestria, você estará aproximando sua mente da realidade e da vida em si. Qualquer coisa viva se encontra em um estado contínuo de mudança e movimento. No momento em que se descansa, supondo que se atingiu o nível almejado, parte da mente entra em fase de declínio. Perde-se a criatividade desenvolvida com tanto afinco, e os outros começam a perceber esse processo. A maestria é poder e inteligência a serem continuamente renovados, sob pena de perecerem.
Já escutei dois mentores que chegaram a mesma conclusão. Um deles foi o querido Marcelo Rio Branco, que explicava essas três fases da seguinte forma: Transpiração, Inspiração e Piração. Como é isso? A transpiração é o momento do suor, da repetição, de fazer a mesma coisa mil vezes. Se você quer tocar violão, por exemplo, você deve treinar até sua mão literalmente sangrar. É através da repetição, da transpiração que se aprende. Seguinte vem a fase da inspiração. Que Robert Greene chama de criativa-ativa ou mente dimensional. Quando você começa a fazer relações com o que foi aprendido com outras áreas, outros ensinamentos. É quando você já sabe suficiente técnica de violão e começa a tocar outros estilos, mudar de ritmo, improvisar dentro de certas limitações. Por fim vem a fase da Piração. É quando você transcende as regras, as normas, as limitações e começa a criar. É o que Robert Greene chama de Maestria.
Outro mentor que me apresentou pensamento semelhante foi Rodrigo Salulima, aluno de Ido Portal. Ido também fala em três etapas: Isolar, Integrar e Improvisar. Isolar é o repetir é o aprendizado, integrar é a mente criativa-ativa criando novas conexões entre os assuntos aprendidos e o improvisar é criar, é a Maestria.
O livro traz técnicas e exemplos para você maximizar todas essas fases. Mas, querido bibliófilo, querida bibliófila, não se engane. Este livro é sobre o tempo, a paciência, o trabalho é a fé. Porque nada é tão rápido e simples e reto e direto como parece. A fase de aprendizagem dura aí seus bons 10 anos de trabalho árduo. Haaa mas 10 anos é muito tempo, de fato… mas é assim com todos.
Quem chega lá não é o talento ou a genética. É o esforço, a vontade e o trabalho.
Fica a recomendação do livro para que você atinja todo seu potencial como ser humano. Se gostou da resenha, inscreva-se no canal, é muito importante para mim. Muito obrigado pela sua audiência, grande abraço, boa sorte e até a próxima. Valeu.
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