Para que ler tanto sobre tudo?
“Para que ler tanto sobre tudo?” Perguntou Geraldo. Huuummmm Olá, queridos bibliófilos e queridas bibliófilas! Sejam muito bem-vindas ao nosso canal de livros e escrita: LER É VERBO! Hoje vou responder ao Geraldo Mgalhães esta que é uma pergunta muito interessante.
Geraldo, obrigado pela pergunta! Vamos começar falando sobre o nosso cérebro. Primeiro, que bom que o temos, né? O cérebro é uma ferramenta muito poderosa, será que podemos dizer que o cérebro humano é a ferramenta mais poderosa do mundo? Mais poderosa do universo? Talvez. Mas o que é o cérebro? Ele é um processador de dados. Mas não apenas isso, é também uma máquina muito poderosa de criação. Nós, todos nós, somos criadores. E a pergunta é: Você está feliz com as suas criações?
Podemos dividir nosso hardware cerebral em várias partes. Vamos nos ater a duas: a primeira é analítica, racional, criativa. A outra é sintética, emocional, habitual. À primeira damos o nome de consciente e à segunda, inconsciente.
Imagina que você compra um computador. Se eu te pedir pra fazer um desenho. Você tem que ter o aplicativo certo para fazer o desenho. Mas não apenas isso, além de ter o aplicativo você precisa saber mexer nele, suas funcionalidades e, se ainda quiser ir mais fundo, desenvolver a habilidade, o hábito necessário para se tornar um artista e expressar sua criatividade.
A leitura de vários livros serve pra você, ou instalar novos aplicativos, ou aprender a mexer nos que já possui. E não só isso! Serve também para você ser criativo em suas conexões. Sacou?
Vamos lá. O que é o conhecimento? Vixi… aí ferrou… como definir algo tão complexo? Vamos supor que o conhecimento seja a cristalização das informações adquiridas e testadas pelo homem. Mas o conhecimento não é uma só raiz que dela nasce uma só árvore. Já ouviu falar de rizoma? O conhecimento é rizomático, ou seja, ele não tem um centro, uma fonte central que emana todo seu poder. É como uma plantação de bambus. O rizoma é uma rede onde aqui e ali saem as plantas completas. Assim é o conhecimento. Ele não tem um centro, mas ele todo se relaciona.
Então respondido de forma direta à sua pergunta, você lê tanto sobre tudo para instalar novos aplicativos no seu sistema, para saber mexer nos aplicativos que já existem e para fazer conexões criativas entre o conhecimento humano. Agora vamos a um exemplo prático. Eu sou escritor. É bom que leia sobre técnicas de escrita e livros de literatura, para assim instalar novas funcionalidades em meu aplicativo de escrita. Preciso também estudar gramática, linguistica, estilística, semântica, para bem saber mexer nos aplicativos instalados e preciso ler sobre tudo para relacionar diversos pontos do conhecimento de forma criativa. Se estou a escrever um romance e meu personagem é um médico, o que sei eu sobre o universo de um medico? Eu já fui a um hospital e já observei médicos. AHÁ! Aí você me diz, mas isso não é leitura. Mas, querido Geraldo, os livros nos ajudam a ler melhor o mundo e lendo melhor o mundo, lemos melhor os livros. E sabendo o mínimo sobre um hospital e médicos, posso começar a pesquisar e me informar.
Mas isso não se aplica só ao escritor. Muitas vezes uma ferramenta que você busca para a solução de um problema já foi encontrada, de forma similar, na biologia… ou na administração… vai saber? Ou você pode usar criativamente aquele outro conhecimento a seu favor… Pois como já disse Tom Zé, o grande músico, enquanto cuidava de seu jardim: “Gosto de cuidar de planta e me afastar da música. Porque sempre que me afasto da música me aproximo da música.” Então afastar-se de determinado assunto é, muitas vezes, aproximar-se dele.
Quero continuar a falar do cérebro. Você sabia que a nossa parte inconsciente está no comando de nossas ações quase 90% do dia. Quando você anda, dirige um carro, almoça… você está racionalmente pensando no que vai fazer? Claro que não. Você está usando o seu consciente racional para pensar em outra coisa, no boleto que tem que pagar, na agenda do dia e seu inconsciente está no volante do carro. Por exemplo, se você é destro, tente almoçar com a outra mão e divagar ao mesmo tempo… não vai rolar, porque o insconsciente é feito de hábitos e o hábito é algo que se constrói.
Por que estou falando sobre isso? Porque a sua pergunta me lembrou um livro que li há muito tempo e tem tudo a ver: A BIOLOGIA DA CRENÇA de Bruce Lipton. E agora voltamos a pergunta fundamental que fiz ao início do episódio: Você está feliz com as suas criações? Ou, Você está feliz com sua vida? E qual é o problema? É o meio social que te aprisiona? São outras pessoas que te oprimem? São as instituições injustas que não jogam ao seu favor? Não… o problema é você.
Se nós desejamos algo e lutamos para conseguir esse algo, mas nunca conseguimos... então o nosso programa mental está errado. Mas não o programa mental do consciente, porque lá nós sabemos o que queremos, mas o programa mental do inconsciente, o que está 90% das vezes no comando, o que é constituído de hábitos… Eles não estão de acordo com nossas aspirações.
Queremos mais prosperidade? Mais felicidade? Mais organização ou queremos ter um trabalho melhor, essas e outras são nossas aspirações, mas muitas vezes não conseguimos pois o inconscientemente está sabotando nossos desejos. E o que fazer? A resposta é simples. Basta atualizar o programa. Tomar o controle da nossa vida. Não podemos mudar as forças exteriores, mas podemos mudar nosso mundo interior e todo resto muda quando a gente muda.
Bem, esse é um outro papo e vou fazer uma série sobre isso. E mais! Já que estamos perto da virada do ano, que tal assumirmos o controle sobre a nossa vida? Então façamos os seguinte, próximo vídeo trago o conhecimento contido no livro A BIOLOGIA DA CRENÇA e, se você quiser adiantar, já pode comprar ele aqui e começar a ler. Link na descrição. E no outro vídeo vou trazer uma forma de atualizarmos os programas antigos, colocarmos novos e melhores softwares em nosso sistema. Uma Atualização Necessária!
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