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A morte da criatividade

“Minhas plantas falsas morreram porque eu não fingi que as molhava” Mitch Hedberg.

Queridos criativos e queridas criativas! Bem-vindos ao segundo artigo da JORNADA DO ARTISTA! Caso você não tenha lido o primeiro artigo, não perca tempo, link aqui!


Hoje temos um teste prático para você! É a RODA DA CRIATIVIDADE, que está disponível para você baixar agora gratuitamente em nosso site LER É VERBO. Mais a diante explico como ela funciona! Então vamos lá!


Na década de 70, a NASA pediu ao Dr. George Land que desenvolvesse um teste da criatividade a fim de ajudar a agência espacial a avaliar e contratar os engenheiros e cientistas mais criativos. O teste foi um sucesso. E aí o Dr. Land pensou: E se eu usar essa avaliação em crianças? Qual será o resultado?


Os resultados foram surpreendentes. Entre as crianças de 4 e 5 anos, 98% foram consideradas gênios na escala do pensamento criativo. Surpreso com os resultados, Land decidiu continuar acompanhando o mesmo grupo de crianças à medida que cresciam. Ele os testou novamente cinco anos depois e descobriu que apenas 30% das crianças ainda pontuavam no nível genial na escala do pensamento criativo. Ele deixou passar mais cinco anos e testou o grupo novamente, agora com 15 anos. Nessa época, o número de alunos que pontuavam no nível genial havia caído para apenas 12%. Um declínio surpreendente em apenas uma década.

Mas a grande surpresa veio quando o Dr. Land resolveu testar 200 mil adultos. Qual você acha que foi a porcentagem de gênios da criatividade? Apenas 2%!


Todos as empresas querem contratar pensadores inovadores. Pessoas criativas, dispostas a mudar as coisas e fazer diferente! Bom… boa sorte às empresas, pois a cada 100 candidatos, apenas 2 serão gênios criativos.


Então o que há de errado com as crianças até atingirem a idade adulta? Porque a nossa criatividade está morrendo? O problema está em nosso sistema educacional, que vem nos ensinando a pensar de forma errada.


O estudo descobriu que existem dois tipos de pensamentos necessários para a inovação - o pensamento divergente e o pensamento convergente.


Pensamento divergente é o que associamos à inovação. É o pensamento livre, em que as idéias incomuns e criativas são lançadas. Idéias extravagantes ou completamente impossíveis, ideias que até parecem estar erradas, mas para o processo, não estão.

Já o pensamento convergente é quando aplicamos as ideias à realidade. O pensamento convergente avalia, julga, rotula todas as idéias criativas e decide se as usa ou não.


Para que a inovação ocorra, os dois tipos de pensamento são importantes, mas devem ocorrer em uma determinada ordem. O pensamento divergente deve acontecer primeiro e, em seguida, o pensamento convergente deve ser aplicado às idéias que foram geradas. Se isso puder ser feito com sucesso, Eureka!, temos inovação.


O que o Dr. Land descobriu é que nosso sistema educacional nos ensina a usar os dois tipos de pensamento ao mesmo tempo, e é aí que o problema ocorre. A criatividade sai perdendo quando tentamos combinar pensamento divergente e convergente em um único processo.

É necessário separar os pensamentos. Você precisa criar um ambiente em que as pessoas estejam seguras para praticar pensamentos divergentes, sem medo de que alguém lhes diga que a idéia não funcionará ou de que não é assim que fazemos as coisas por aqui. As pessoas precisam estar seguras para errar.


“Eu nunca deixei a escola atrapalhar minha educação.” Mark Twain

Vivemos em uma sociedade em que estar errado é o nosso maior medo. "Não erre, os erros são ruins e mostram pouca atenção aos detalhes!”. Como podemos criar e inovar se não nos é permitido errar?


Sir Ken Robinson, autor britânico, palestrante e consultor internacional em educação nas artes, em seu TED TALKS , “As escolas matam a criatividade?” com mais de 18 milhões de acessos, destacou:


“O que sabemos é que, se você não estiver preparado para estar errado, nunca encontrará algo original. E quando chegam a ser adultos, a maioria das crianças perde essa capacidade. Eles ficam com medo de estar errados. E administramos nossas empresas assim. Estigmatizamos erros. Precisamos repensar radicalmente nossa visão da inteligência.”

Alguns poucos têm a sorte de estar em um trabalho em que seus talentos e pontos fortes são usados, mas a maioria está presa a uma posição inicial em que o valorizado é o pensamento convergente e aí a repetição vira o melhor amigo.


Nossa saúde sofre, mas, pior ainda, perdemos nosso senso de identidade. As características que antes nos definiam como crianças, devido a nossas mentes criativas, estão há muito dormentes. Então, qual é a resposta?


“A função do homem é viver, não existir” Jack London.

Não é fácil treinar as pessoas depois de tantos anos usando o pensamento criativo de forma equivocada. A maioria não entende que elas foram ensinadas a praticar pensamentos divergentes e convergentes ao mesmo tempo. O primeiro passo em qualquer recuperação é a admissão de um problema. Isso significa que depende de você perceber qual é o maior obstáculo ao seu pensamento criativo. E para te ajudar, desenvolvi uma ferramenta que ajuda a mapear onde estão seus maiores entraves no pensamento criativo.


Vamos fazer a roda da criatividade. É um exercício muito simples que vai indicar em qual área criativa da sua vida você precisa colocar mais energia e atenção. Vou explicar como funciona.

RODA DA CRIATIVIDADE



Esta é a RODA DA CRIATIVIDADE, que está disponível para você baixar agora gratuitamente aqui


Ela é dividida em três grandes áreas: PROPÓSITO ou emoção, PESSOAL ou razão e COMUNIDADE. A cada semana do nosso curso A JORNADA DO ARTISTA, um desses subtemas será abordado.


Na área PROPÓSITO, temos Identidade, Abundância, Força e Fé. Na área PESSOAL, temos Segurança, Integridade, Autoproteção e Autonomia. Em COMUNIDADE, temos Poder, Possibilidade, Conexão e Compaixão.


A ideia é você preencher essa roda, avaliando como você se vê hoje em relação a cada uma das facetas da criatividade, numa escala de 1 a 10: 1 para a área em que está com pouca atenção e 10 para a área que tem muita atenção.


Na área PROPÓSITO, por exemplo, temos 4 subtemas:

ACREDITO QUE…

1) minhas criações tem significado? (IDENTIDADE)

2) posso ser diferente? (ABUNDÂNCIA)

3) conquisto algo? (FORÇA)

4) sigo minha intuição? (FÉ)

Reflita sobre cada um desses aspectos e avalie sua condição atual na escala de 1 a 10.

Siga a mesma lógica em relação às demais áreas!


Na área PESSOAL, as questões são:

MINHA CRIAÇÃO TEM…

1) um espaço seguro para desenvolvimento? (SEGURANÇA)

2) verdade e autenticidade? (INTEGRIDADE)

3) um momento de reflexão crítica? (AUTOPROTEÇÃO)

4) a direção que desejo dar a ela? (AUTONOMIA)


Na área COMUNIDADE, as questões são:

MINHA ARTE CONECTA-SE…

1) com as críticas boas? (PODER)

2) com diferentes possibilidades ao seu redor? (POSSIBILIDADE)

3) com uma comunidade maior? (CONEXÃO)

4) emocionalmente com outras pessoas? (COMPAIXÃO)


Tudo bem se você não compreender exatamente o que cada aspecto representa na sua jornada atual, tudo bem ficar com dúvidas. A roda da criatividade é apenas uma ferramenta inicial para você avaliar qual área da sua vida criativa precisa de um pouco mais de atenção.

Cada semana de aula focará em um subtema dessas 3 grandes áreas, em relação ao qual proporei 10 exercícios, dos quais você escolherá 3 para fazer durante a semana. A cada semana, portanto, você estará mergulhado nas soluções atinentes a cada uma dessas questões acima listadas.


Ao longo do curso, portanto, você terá mais clareza para identificar, a partir do mapa traçado na semana inicial, qual(is) área(s) precisa(m) ser priorizada(s), em relação às demais, para que você volte, refaça os exercícios, ou mesmo escolha outros exercícios para fazer, sempre que quiser.


Ao final do curso, faremos uma nova autoavaliação, para você visualizar como foi o seu progresso!


Vamos lá, então? Preencha sua RODA DA CRIATIVIDADE e veja como está a sua vida criativa hoje!

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